27 de ago. de 2012

Oração do idoso

Bem-aventurados aqueles que compreendem os meus passos vacilantes e as minhas mãos trêmulas.

Bem-aventurados os que levam em conta que meus ouvidos captam as palavras com dificuldades, por isso procuram falar-me mais alto e pausadamente.

Bem-aventurados os que percebem que meus olhos já estão nublados e as minhas reações são lentas.

Bem-aventurados os que desviam o olhar, simulando não ter visto o café que, por vezes, derramo sobre a mesa.

Bem-aventurados os que sorriem e conversam comigo.

Bem-aventurados os que nunca me dizem: "Você já me contou isso tantas vezes!"

Bem-aventurados os que me ajudam, com carinho, a atravessar a rua.

Bem-aventurados os que me fazem sentir que sou amado e não estou abandonado, tratando-me com respeito.

Bem-aventurados os que compreendem quanto me custa encontrar forças para aguentar minha cruz.

Bem-aventurados os que me amenizam os últimos anos sobre a Terra.

Bem-aventurados todos aqueles que me dedicam afeto e carinho fazendo-me, assim, pensar em Deus.

Quando entrar na Eternidade, lembrar-me-ei deles, junto ao Senhor! Amém!

(Autor desconhecido)

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2 de ago. de 2012

AMIGOS ESPIRITUAIS

A providência Divina manifesta-se, incessantemente, em todas as situações e lugares, proporcionando vasta gama de recursos, com vistas à proteção, ao futuro e ao progresso das criaturas.  

Esse amparo acontece  de infinitos modos. Um deles dá-se por intermédio de tutores espirituais, conhecidos pelo nome de guias ou amigos espirituais. É grandiosa e sublime a missão dos guias espirituais, pois revela a providência, bondade e a justiça do Criador para com seus filhos, provendo-os de meios para o aperfeiçoamento.

Kardec classificou os guias espirituais em três categorias: 

   
 
    Espíritos protetores,
    Espíritos familiares,
    Espíritos simpáticos.

O Espírito protetor ou anjo guardião,  é sempre um bom Espírito, mais evoluído. Trata-se de um orientador principal e superior. Sua missão assemelha-se à de um pai para com seus filhos: a de orientar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo em suas aflições.


A missão dos Espíritos protetores tem duração prolongada, pois estes acompanham o protegido desde o nascimento até sua desencarnação. Sua atuação não é de intervenção absoluta em nossas vidas.  Evita tomar decisões por nós respeitando o nosso livre arbítrio.

Sente-se feliz quando acertamos e se entristece quando erramos, mas sabe que mais cedo ou mais tarde, o seu tutelado voltará ao bom caminho. O amigo espiritual comparece quando é invocado, por meio de uma simples prece.

Exercem supervisão geral sobre nossas existências, tanto no aspecto intelectual, incluindo as questões de ordem material, quanto moral, emprestando ênfase  a esta última,por ser a que tem preponderância em nosso futuro de seres imortais.

Os Espíritos Familiares são orientadores secundários.  Embora menos evoluídos, igualmente querem o nosso bem. Podem ser os Espíritos de nossos familiares ou amigos. Seu poder é limitado e sua missão é mais ou menos temporária junto ao protegido.

Ocupam-se com as particularidades da vida íntima do protegido por ter com ele mais intimidade e vínculos sentimentais.  Por exemplo, quando o protegido está recalcitrante e não ouve os conselhos superiores ou apresenta comportamento enigmático.

Podem influenciar na decisão de um casamento, nas atividades profissionais ou mesmo na tomada de decisões importantes. Só atuam por ordem ou permissão dos Espíritos protetores.

Já os Espíritos Simpáticos podem ser bons ou maus, conforme a natureza das nossas disposições.  Ligam-se a nós por uma certa semelhança de gostos, de acordo com nossas inclinações pessoais. Se simpatizam com nossos ideais, com nossos projetos, procuram nos ajudar e, muitas vezes tomam nossas dores  contra nossos adversários, situação em que não conta com o beneplácito dos Espíritos protetores.

A duração de suas relações que também são temporárias, se acha subordinada a determinadas circunstâncias, vinculadas à persistência dos desejos e do comportamento de cada um.

Portanto, ninguém, absolutamente ninguém, está desamparado.

Entretanto, Deus não nos atende pessoalmente, conforme nossos caprichos, mas por intermédio das suas leis imutáveis de  seus mensageiros, isto é, Deus auxilia as criaturas por intermédios das criaturas.

Os anjos ou protetores espirituais de hoje são os homens de ontem, que evoluíram, deixando para trás a animalidade.

Essa ligação e interdependência entre os Espíritos das diversas faixas evolutivas, em permanente contato com o plano físico, formam o caleidoscópio da grande família universal, evidenciando as leis da unidade e da solidariedade entre os seres.

Deus, nosso Pai, não nos quer como autômatos, mas sim como parceiros, criadores.
Ele quer que tenhamos a ventura de alcançar a perfeição pelas próprias forças, desfrutando o mérito da vitória sobre nós mesmos.

Lembremo-nos, finalmente, de que cada um de nós, encarnados, também pode e deve amparar o próximo, de acordo com a nossa   capacidade, independentemente do estágio evolutivo em que nos encontramos.

Assim, procedendo, estaremos por nossa vez, atuando como auxiliares dos guias espirituais, para o cumprimento dos desígnios divinos, na infinita escala que dá acesso aos cumes evolutivos.

“Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião. Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por  presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora. Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante.” (Joana de Ângelis)

Texto de Cristhiano Torchi
 (Revista Reformador-junho/2009)

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Desapego Familiar

Mas ele lhes respondeu: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?  E olhando aqueles que estavam sentados ao seu redor: Eis, disse, minha mãe e meus irmãos;  porque todo aquele que faz a vontade de Deus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XIV, item 5).

Em correta acepção, desapego quer dizer indivíduo que desenvolveu sua capacidade de avaliar e selecionar o que “pode” e o que “deve fazer”, estruturado em seu próprio senso de autonomia.

Agarrar-se a familiares de modo exagerado gera desajustes e doenças psicológicas, das mais diversas características, desde a mais leve das inseguranças – se deve ou não sair vestido – até o pânico incontrolável de tudo e de todos, levando o indivíduo ao desequilíbrio de seu desenvolvimento  e maturidade emocional.

A reencarnação leva o ser humano a exercitar a independência, quando propõe que a criatura é um ser viajante e temporário entre pessoas, sexo, profissão, países, continentes ou mundos. Não obstante, ela não destrói os laços do amor verdadeiro, antes cria diversos vínculos afetivos entre as almas, que ora pais, cônjuges, filhos e amigos retornam a habitar novamente os mesmos tetos em épocas diversas, e em posições completamente diferentes, estabelecendo na consciência uma maneira universalista de ver os relacionamentos da afeição e da simpatia, sem aprisionamentos ou dependências.

É importante compreendermos que, mesmo em família, ninguém veio à Terra só para fazer o que queremos, para satisfazer nossos caprichos ou nos agradar, pois não deveremos nos ver como devedores ou cobradores uns dos outros, mas como criaturas companheiras que viemos cumprir uma trajetória evolutiva, ora juntas, no mesmo séquito consanguíneo.

Desse modo, devemos levar em conta a individualidade de cada membro familiar e respeitá-lo, sem imposições ou submissões, pelo modo peculiar que encontrou de ser feliz e dirigir sua própria existência.

Cada pessoa que vive neste planeta deverá aprender suas próprias lições, e é inconcebível tentarmos fazer os deveres por elas, porque cada uma aprende com suas próprias experiências e no seu momento propício.

Podemos sim, oferecer aos familiares uma atmosfera de compreensão e apoio, sustentáculo e ajuda, facilitando a posição para que eles tenham por si sós a decisão de mudar quando e como desejarem, pois essas são atitudes possibilitadoras de relacionamentos seguros e duradouros.

É imperativo que se entenda que as atitudes possessivas criam indivíduos servis e profundamente inseguros, que futuramente precisarão ter sempre os familiares em sua volta, como uma “corte”, a fim de se sentirem amparados.

O exemplo clássico de criaturas apegadas são aquelas que foram criadas por “super pais",  e que durante muito tempo se mantiveram subjugadas e presas pelos fios invisíveis desta “suposta proteção” quando, na realidade, somente era uma “forma inconsciente” para suprir fatores emocionais destes mesmos adultos em desarranjo.

Crianças que foram educadas com as atitudes de adultos incapazes de estabelecer limites às suas vontades e desejos, contentando-as de uma forma ilimitada e sem nenhuma barreira, desenvolveram dependências patológicas, gerando progressivamente uma acentuada incapacidade de resolver seus problemas, peculiares a sua idade, os quais, outros menores, nessa mesma idade, mostrar-se-iam perfeitamente habilitados para encará-los e selecioná-los.

Crianças que se jogam ao chão, entre crises de falta de fôlego e de choro fácil, sem nenhuma razão de ser, são consideradas mimadas.  Esses comportamentos são resultados de terem sido tratadas como incapazes e com atitudes infantilizadas.

Pessoas inseguras e insuficientemente maduras podem educar os filhos da mesma maneira que foram criadas, repetindo para sua atual família os mesmos comportamentos “superprotetores” que vivenciaram na fase infantil, ou mesmo, por terem tido uma enorme experiência de rejeição no lar, também adotam a “superproteção” como uma forma de compensar tudo o que passaram e sofreram na sua infância.

Encontraremos uma das maiores instruções sobre a liberdade e desapego nas palavras de Jesus de Nazaré, quando se aproveitou da circunstância em que estavam reunidas várias pessoas, e lançou o ensinamento do “amor sem fronteiras”.

Apesar de respeitar e amar profundamente sua família, exaltou o “desapego familiar”, como sendo a meta a qual todos nós deveríamos atingir, a fim de que alcancemos os superiores princípios da fraternidade universal, aprendendo o verdadeiro sentido da liberdade integral.

A Natureza em nós é força de progresso, e os homens evoluem sempre, não porém ao mesmo tempo e da mesma forma, mas naturalmente ao seu próprio ritmo.

Texto psicografado por FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO, pelo espírito HAMMED. Do Livro Renovando Atitudes. Editora Boa Nova.

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Toques Iluminados e Amigos