6 de mar. de 2009

A mulher no seu Dia Internacional


Adão de Assunção Duarte*

Desde o ano de 1975, o 8 de março passou a ser comemorado como o Dia Internacional da Mulher, pela Organização das Nações Unidas.

Como se originou essa importante data? No distante ano de 1857, no referido dia 8 de março, mulheres obreiras, operárias de uma fábrica têxtil de Nova Iorque entraram em greve e ocuparam a fábrica reivindicando a redução da jornada de trabalho de 16 para 10 (dez) horas. Destaque-se que as referidas operárias ganhavam menos de um terço do que ganhavam os homens. Fecharam-se fábricas onde estourara um incêndio e cerca de 130 mulheres pereceram queimadas! In Internet, portaldafamília.org.

Já em 1903, profissionais liberais norte-americanas fundaram a Women´s Trade Union League, uma Associação com o objetivo principal de ajudar, colaborar para que todas as trabalhadoras conseguissem mais justas e melhores condições de trabalho e, consequentemente, de vida. Já no ano de 1908, muito mais de 14 mil mulheres enchiam as ruas de Nova Iorque, em passeata, marchando e reivindicando tudo aquilo que fora pleiteado pelas operárias de 1857 e mais o direito de voto. Noticia-se que elas, nessa fase, divulgavam o Slogan “Pão e Rosas” (pão significando estabilidade econômica e rosas significando melhor qualidade de vida, in Web, portaldafamília.org).

Todavia, é em 1910, que, numa Conferência Internacional de mulheres, realizada na Dinamarca, decidiu-se, em homenagem ao esforço e luta daquelas mulheres, comemorar o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher e se continuou comemorando até nosso tempo. A mulher merece.

Com todos esses anos de comemoração, com todos esses anos de democracia, com todos esses anos de desigualdade e condições difíceis, a mulher continua sofrendo discriminação (ainda os salários menores que os do homem, ainda as domésticas discriminadas nos direitos sociais e humanos) e sendo vítima da violência ao ponto de, no Brasil, como é praxe produzirem-se leis casuísticas etc, ter sido aprovada uma lei específica para o combate da violência praticada contra mulheres, a chamada Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340 de 07.08.2006). Mesmo assim, pela notícia dos últimos meses, a diminuição desse tipo de violência ainda não ocorreu como se esperava após mais de dois anos e meio da sanção da referida lei. A cidadania, apesar de fundamento do Estado de Direito no Brasil (art. 1º, inciso II da Constituição) está desrespeitada e frágil.

A violência deve ser combatida e vencida com a educação verdadeira, o esporte, o trabalho (emprego) e o amor incondicional. Por isso mesmo, vamos lembrar, nesses dias de homenagem a mulher, um nome máximo entre seres humanos que foi exemplo e vida que enalteceu o amor, sobretudo com o viver diário e não apenas com palavras e teorias: Madre Teresa de Calcutá...

Madre Teresa de Calcutá foi considerada por um dos grandes Secretários Gerais da ONU “a mulher mais poderosa do mundo”, pelo poder de suas ações de amor universal. “Ganhou o Premio Nobel da Paz em 1979 e antes já ganhara os mais altos prêmios do mundo: desde os prêmios João XXIII da Paz, Balzan, Kennedy, Templeton, o da FAO e o Albert Schweitzer, até os prêmios mais prestigiosos da índia, como o Pandi Shi (“Ordem do Lótus”), concedido pelo Pandit Nehru, e o Magsaysay que a proclamou “a mulher mais benemérita do mundo” (in A Mulher mais poderosa do Mundo, Internet, Boletim do Portal Família,art. 421, Internet, portaldamília.org., acesso 01.03.2009.Recebeu o título de Doutora em Humanidades da Universidade de Washington e a Medalha Presidencial da liberdade em 1983, a mais alta condecoração dos Estados Unidos. E na antiga União Soviética, em 1987, ela foi condecorada com a Medalha de Ouro do Comitê Soviético da Paz.

Destaque-se que lhe foram concedidas passagens gratuitas em todas as linhas aéreas do mundo, sendo que começara antes tendo essa gratuidade nos bondes, trens e ônibus de Calcutá e de toda a índia. O nome dela era Inês (Agnes) Gonscha Bojaxhiu (depois recebeu o nome Madre Teresa de Calcutá), nascida a 26.08.1910 em Skopije, entre a Albânia e a antiga Iugoslávia. Sua família pertencia a uma minoria albanesa, mas ela nunca morou na Albânia.

As revistas Times e Paris Match dedicaram a ela reportagens de capa tendo como título “Ainda há santos”!

Lecionou ela certa vez: “se houvesse pobres na lua, iríamos lá. O que conta não é o que fazemos, mas o amor que pomos no que fazemos”. Em seu cartão de visitas, impresso em papel amarelado, se lia:

The fruit of silence is prayer
The fruit of prayer is faith
The fruit of faith is love
The fruit of Love is Service
The fruit of Service is Peace
.

O que significa em Português simples e correto:

“O fruto do silêncio é a oração; o fruto da oração é a fé; o fruto da fé é o Amor; o fruto do Amor é o Serviço; o fruto do Serviço é a Paz”.

Assim sendo, com essa memorável lição de vida e de fé, fecha-se esta nossa homenagem ao Dia internacional da Mulher neste março de 2009, em Salvador, Bahia. P A X !

Perfil: *Adão de Assunção Duarte
Professor, Juiz Federal aposentado, advogado, escritor, autor artigos publicados em jornais de grande circulação na Bahia.

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Imagem: http://www.dreamstime.com/free-photos

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